terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quando eu pensava que ele tecia sonhos, teceu o maior pesadelo pelo qual passei. E ainda passo. Teceu falsas cordas que eu pensava que me estavam a prender à felicidade momentânea de o ter. Falsas cordas que depois se desfizeram como quem acorda numa segunda feira de sol e diz, simplesmente "sai, acabou". Falsas cordas que um dia me içaram para cima e, desfazendo-se, me deixaram cair no abismo... Menos uma. Sobrou uma corda, que foi a única que o tecedeiro de pesadelos e angústias e ingratidões e falsidade e falsos sorrisos e podridão interior, a única que não se desfez, a única que não foi ele que teceu e me amarrou. Que foi a única corda que me amparou a queda que se avizinhava fatal.
Agora, é essa corda, frágil, que me prende a tudo. Quase como os cordéis de uma marioneta, essa corda puxa-me o diafragma para que eu respire.

Não deixes que se parta...


Edit: Mensagem 200. Weehee.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não fales assim... A sério... Não sabes o quanto essas palavras me afectam... A dor que me provocam...

Há outras formas de demonstrares amor sem teres que recorrer a esses extremos...

Já te disse - agora que sei realmente o que sentes; agora que fizeste aquilo que tens dificuldade em fazer; eu estou bem, e ganhei novamente força para te puxar. Mas essas palavras... tiram-me tudo. tiram-me a segurança, tiram-me a força, tiram-me a coragem... trazem ao de cima o rapaz pseudo-autista que fui um dia... fazem com que me feche, por medo de te perder... por medo de me perder... por medo de perder metade de mim.

Não estava a brincar quando disse que estou no teu papel passado; nao te atrevas a fazer uma coisa dessas... nunca te ia perdoar... nunca.