terça-feira, 30 de setembro de 2008

Como uma daquelas bolas de penugem dente-de-leão, a minha vida era um aglomerado de sonhos frágeis. O núcleo desses sonhos, o que os ligava, aquilo que era comum a todos eles, eras tu. Desde o momento em que me disseste que nunca mais iríamos falar, o vento que levantaste na minha existência arrastou pelo ar os sonhos que eu tinha. Desfizeste o pouco que eu era. Ensinaste-me a voar mas largaste-me quando ainda não estava preparada para voar sozinha. E doeu, dói e há-de continuar sempre a doer enquanto não me deres uma explicação... Passei contigo o melhor ano da minha vida e não sei como és capaz de agora passar por mim como quem passa por uma árvore, de olhar através de mim como se eu não estivesse lá, de deitar fora um ano inteiro num só dia.

E eu odeio-me por não ser capaz de te odiar...

sábado, 27 de setembro de 2008


Quebrei os espelhos que tenho colados a mim. Azar? Azar é não ter um espelho que te mostre o meu verdadeiro interior...

domingo, 14 de setembro de 2008

O tempo não espera por mim!!

Quem vem do cemitério pela rua do antigo teatro, chegando ao largo onde estão as ruínas da igreja dos jesuítas, vira à direita, para a rua da estação do caminho de ferro, e segue sempre em frente, acompanhando a linha do comboio, até chegar a um barracão a que chamam museu e onde guardam as velhas locomotivas a vapor e as ferrugentas carruagens de bancos de madeira. Aí, mete pela rua onde não passam carros até chegar a um quiosque, daqueles redondos, frente ao qual, do lado esquerdo da rua, existe um cafezinho com esplanada onde ainda servem café de saco. Entra pelo café e sai pela outra porta, que dá para a rua do jardim. Contorna depois o lago dos cisnes, em direcção ao cruzamento com semáforos, e mete pela avenida do cinema, no sentido do novo bairro administrativo, até chegar a um arranha-céus acabado de construir. Aí, vira à direita para a rua que passa pelas piscinas recentemente inauguradas e, chegando ao centro comercial em construcção, aquele que dizem vir a ser o maior da Europa, com não-sei-quantas lojas e não-sei-quantos andares, enfia pela rua que ladeia os terrenos destinados ao futuro complexo desportivo no fim da qual encontra a maternidade...

sábado, 13 de setembro de 2008

Bem... Eu sei que não é obrigatório escrever aqui todos os dias... Mas por alguma razão que não sei explicar, tenho algo entalado na garganta, não é uma espinha mas também me faz doer... Acho que por aqui devo conseguir desabafar, se não, pode ser que o travesseiro seja de novo bom conselheiro.
Para a semana começa de novo a rotina de todo um semestre. Gente nova na faculdade. Matar as saudades dos que não vejo há umas férias inteiras. Mas há algo que não encaixa. Não sei se é a angústia de sentir que o tempo me foge junto com quem amo, saber que começa este semestre mas que rápido acaba e que isso me anda a fazer a cabeça em água... Não sei se é por não ver sorrisos onde eles deviam haver, ou porque esses sorrisos partem, ou porque chegam quando deviam ficar, se é por eu não os ver por estar concentrada nas minhas feridas. Não sei se é por sentir que chego a uma encruzilhada daqui a algum tempo, por ver que o caminho que agora percorro se vai transformando cada vez mais num caminho escuro que não quero percorrer, onde sempre fui levada com cuidado até ao mais alto de mim para me preparar para seguir sozinha...
Cada vez mais sinto que há forças que não sei nem quero entender, a empurarem-me para o fundo. E há uma força que me tenta puxar para cima quando não quero e acaba por se afundar comigo... e as minhas forças, as que uso para sobreviver, respirar, para me levantar todos os dias, para sorrir... essas têm vindo a faltar.

Porque eu sei que tens de ir embora, que a vida não te prenderia muito tempo por estas paragens, que és pássaro solto que eu prendi sem querer... Mas não te esqueças que somos todos responsáveis por aquilo que cativamos...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Estava a ouvir Morrissey e ele disse que eras uma obra de arte.
Estou apaixonada pelos pixeis do meu pc quando tomam a forma do teu pensamento.
Haverá algo mais escuro que a escuridão?
Quando eu só tiver um dia de vida, depois de me despedir de toda a gente quero ficar nos teus braços para que o teu olhar seja a última lembrança que tenho do mundo...
O mundo é grande demais sem ti.
Sinto-me pequena...







O meu medo não é do futuro, mas de um futuro sem ti. Amo-te. E tu não sabes.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Every single tear burns my skin as if it was an acid... and as an acid the tears I swallow are driving me to madness...
But I'll be strong...

Eu... se me quiserem conhecer minimamente...

Nao gosto de me sentir só. Tenho medo da solidão. Tenho medo de ficar sem amigos. Gostava de fazer uma viagem a Torremolinos e a Nova York. Dou conversa a gente chata. Tenho péssima memória para caras, assuntos e acontecimentos. Amo música e sei tocar teclados, clarinete e campainhas de porta. Cozinho bem (há quem diga...). Perco-me por gelado de manga. Sou muito gulosa. Gosto do frio, do calor, detesto chuva, adoro neve. Gosto de torrar ao sol e gosto de pessoas morenas. Sou romântica. Gosto de azul e de verde e de laranja, acho o laranja uma cor fantástica. Gosto de contrastes e cores fortes. Gosto de fotografia mas nao sou fotogénica. Adormeço rapidamente. Gosto de dormir, mas em demasia tambem não. Adoro acordar com música e beijos. Sonhadora já fui mais, mas depois de muito passear no mundo da lua e levar com alguns asteróides na cabeca, desci um bocado à terra para ver como as coisas estavam. Sou imaginativa e tenho espírito de aventura. Gosto da originalidade e faço os possiveis para fazer sempre coisas novas e diferentes. Sou pouco pontual, mas não gosto de chegar atrasada e tambem não gosto que as pessoas se atrasem. Ando sempre a correr de um lado para o outro e com stress. Sou minimamente poupada, mas encontro sempre algo onde gastar dinheiro. Gosto de comprar roupa, mas normalmente acabo por não usar. Adoro as minhas shalwar... Sou telemovelodependente e o meu telemóvel está sempre ligado, a nao ser quando fico sem bateria. Adoro coisas velhas, gosto de ir a feiras de antiguidades e afins. Gosto do bom gosto. Adoro arte surrealista. Adoro literatura, sou viciada em livros. Aprecio o passado, desde a pré-historia até hoje. Acho a realeza uma fachada, os políticos são uns falsos e o Jet7 uma merda. Tenho muito cuidado quando compro cds, mas prefiro fazer downloads, embora isso seja crime... Gosto de ir a concertos e festas trance. Adoro dançar como se ninguém estivesse a ver e mesmo sem ter voz para cantar faço-o. Não gosto de jogos de computador, mas perco-me com o Minesweeper. Gosto de fazer desporto... mas tenho preguica. Amo café e venero chá. Não tenho vícios mas sou uma mentirosa quando o digo. Gosto de estar sóbria, qando bebo a mais fico demasiado piegas e dou trela a gajos que não conheço, o que às vezes traz boas surpresas... Tenho medo de alturas e fobia a gafanhotos e balões. Não me sinto atraente mas há quem ache que sou... Aprecio gente com humor, fazem-me ficar bem disposta. Sou uma pessoa bem humorada. Falo pelos cotovelos, não me calo quando dizem para me calar. Raramente dou esmola, mas tenho pena dos sem abrigo que dormem na rua. Tenho alguma facilidade em pedir desculpas, peço desculpa por tudo e por nada mas também as exijo quando tenho razão. Sei reconhecer os meus erros. Guardo mágoas, mas não sou vingativa; prefiro as boas recordações. Detesto remédios, mas reconheco que fico melhor quando os tomo. As pessoas bonitas deixam-me nervosa. Prefiro conhecer pessoas normais e simples. O aspecto fisico não tem muita importancia para mim, a beleza está nos olhos de quem a vê, mas regalo-me com o que tenho visto... Gosto de ser surpreendida. Os mistérios irritam-me, sou supersticiosa. Acho os filmes de terror oriental o máximo para ver à noite antes de dormir, aprecio historias de arrepiar... Detesto gente que se arma em superior. Odeio convencidos. Não percebo nada de carros. mas adoro os Audi A4... Às vezes tenho vontade de dar pontapés a mim mesma. Rio muito. Faco tolices que fazem rir, mas tenho medo que me achem com a mania que sou engraçada. Gosto de ser doida, gosto de ficar doida com gente doida. Levo o dia a dia a brincar. Sou alegre, mas também sou triste. Devo ser bipolar. Para mim não existe felicidade, mas sim momentos de felicidade. Sempre acreditei no amor e na amizade apesar de muitas vezes parecer que estão contra mim. Amo Abrantes e mais agora depois de viver em Lisboa. Sou estudante de Comunicação Social, sonho trabalhar em televisão e rádio. O meu sonho era voltar a ser locutora de rádio e gostava de estagiar em Angola. Tenho muitos conhecidos e poucos amigos, mas os que tenho sao os melhores que se poderia ter. Saio pouco e só gosto de sair com quem me sinto bem. Não gosto de me sentir perdida com gente que não conheço. Odeio discotecas.

...Por aí...dá para fazer uma ideia...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


One inch of love is one inch of shadow. Love is the shadow that rippens the wine.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

*suspiro*