quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vento

Nem o vento revoa já com as folhas caídas. O Outono fora data de deixarem-se.
Ele tinha-se apoderado dela como de algo que se agarra aos cinco dedos, e não a deixou ser. Depois, não seria ela mais vez nenhuma.
E ela deixou-se ser naqueles olhos abismos sem prever o perigo que lhes habitava.Destruiram-se aos dois e um ao outro. Foi.
Nem o vento agora revoa quando ela descobre o seu ar cansado da batalha ou sorri timidamente para algo.
Ele já não é ele.
E ela não mais será ela de cabelo solto ao zéfiro do mar, debaixo da objectiva dele.
E o vento não sopra nem faz revoar as folhas.
Ela não é ela. É alguém que ficou presa naquele lugar.

Ela só espera que a vão buscar...

1 comentário:

Vanda Maio disse...

Talvez um dia possam voltar a ser o que eram...

Gostei do teu texto.

Deixei-te um desafio no meu blog.

Beijinho