terça-feira, 30 de setembro de 2008

Como uma daquelas bolas de penugem dente-de-leão, a minha vida era um aglomerado de sonhos frágeis. O núcleo desses sonhos, o que os ligava, aquilo que era comum a todos eles, eras tu. Desde o momento em que me disseste que nunca mais iríamos falar, o vento que levantaste na minha existência arrastou pelo ar os sonhos que eu tinha. Desfizeste o pouco que eu era. Ensinaste-me a voar mas largaste-me quando ainda não estava preparada para voar sozinha. E doeu, dói e há-de continuar sempre a doer enquanto não me deres uma explicação... Passei contigo o melhor ano da minha vida e não sei como és capaz de agora passar por mim como quem passa por uma árvore, de olhar através de mim como se eu não estivesse lá, de deitar fora um ano inteiro num só dia.

E eu odeio-me por não ser capaz de te odiar...

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